quinta-feira, 25 de junho de 2009

Poder da mídia

Mesmo encoberta pela aparência, que a sensação da “democrática livre escolha” estabelece, a televisão é detentora de uma linguagem uniformizante, negadora do indivíduo. Isso é camuflado no reforço da linguagem coloquial, explorando recursos lingüísticos de contato e deixando transparecer que trata o telespectador como indivíduo (função fática). Essa simulação só é eficiente quando a função fática é dirigida à família “como idéia”, ou seja, em indivíduos dominados por relações familiares. Essa circunstância é fundamental, pois estabelece que a televisão utiliza uma linguagem própria para um receptor que estará reunido “na parte da casa onde se concentra a atividade coletiva”.


É importante lembrar que em meados da década de 70, nos lares só havia um aparelho de televisão, este que se concentrava na sala. Assim todos os membros se reuniam na sala para assistir os programa. Com o tempo, percebe-se que ocorreram algumas mudanças, a queda dos preços e a sua portabilidade terminaram por espalhar a televisão em vários compartimentos da casa ( cozinha, quarto e até no banheiro) e também fora dela também. Hoje é comum encontrar televisão nos restaurantes, consultórios, repartições, hotéis, carro e até no celular.


Todo esse esforço em ambientar a TV à família busca estabelecer uma não reação a sua presença. A partir da sua aceitação, com naturalidade, a televisão "finge ser os olhos da família" assestado para a espontaneidade sobre os acontecimentos do mundo, escondendo a sua condição de olhar hipnótico e imobilizador do sistema. Não é a imagem em "sua autonomia" que envolve o receptor, e sim o " espaço televisivo enquanto campo de significado", por suas singularidades. Esse ambiente de familiaridade buscado define para o apresentador ou animador um papel fundamental. É ele que estabelece o contato de intimidade com o receptor.


No espaço televisivo o ator/apresentador trabalha sempre aspectos fáticos. Envolve o espectador na ação, caminhado em sua direção, ou fazendo gestos em direção à "sala". Há uma técnica de representar/falar para a televisão. Uma outra característica da televisão é a sua predisposição para o enquadramento de detalhes. Entretanto, hoje já se discute o advento da TV Digital, os efeitos denunciadores, limitações artísticas e estéticas, provocados pela alta defininção das imagens. Maquiagens sobre rostos evelhecidos de atores seriam facilmente identificadas a partir de um close. Expressões faciais indevidas num determinado momento de interpretação de uma novela, destruiriam o desemprenho do ator.


Já que toquei sobre o assunto da TV Digital, vale lembrar que são investimentos altissímos ; na TV analógica a transmissão é feita por meio de ondas eletromagnéticas, já na digital a transmissão é transformada em bits. As vantagens é que a qualidade de imagem e som é de alta qualidade, haverá interação com o telespectador, acesso a e-mail e capacidade de funcionar de forma semelhante a um computador, com acesso a internet, permitindo por exemplo a compra de produtos ou consultas ao site da Receita Federal. Haverá divisão de um canal existen te em até quatro canais, aumentando a "qualidade" dos programas e de competidores. Mas a questão é que será que as pessoas terão o poder de decidir, votar na programação, uma vez que é própria mídia que interfere no meio social é a mídia que forma pessoas cada vez mais sem cultura, sem pensamento crítico?!


A mídia televisiva tem a capacidade de produzir e reproduzir uma determinada realidade. Identidades pessoais e sociais são, também, construídas a partir do complexo ideológico da mídia. Esse aspecto torna-se mais evidente quando o poder que a domina é exercido de forma hegemônica.

A linguagem de dominação terminou por estabelecer aspectos técnico-instrumentais específicos para cada veículo de poder. Assim como nas escolas, igrejas, locais de trabalho, atuam operadores dessa produção/reprodução, devidamente adaptados aos seus meios, na televisão também ocorre esse fenômeno, com suas singularidades.


Fica aqui uma pequena opinião minha sobre o assunto, e eu acredito que as pessoas devem ler mais, e não se limigar na televisão.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

O que está acontecendo com a sociedade?

Esses dias estava assistindo o programa "Mais Você", e estava passando uma matéria com duas jovens que se envolveram em uma briga de trânsito. A briga aconteceu em São Paulo e envolveu de um lado: duas irmãs, o pai delas e um cunhado, do outro: um jovem e seu pai.

Não lembro o motivo que levou à discussão entre eles, mas o que me lembro é que a briga se estendeu por um trecho da rua, impedindo a passagem dos carros, as irmãs batiam e sofriam agressões do rapaz e do pai dele, até que o cunhado e pai das moças também entraram na briga.

O jovem utilizou uma caneta para agredir uma das jovens, esta que ficou com um olho roxo e segundo médicos poderá ter sequelas, mas eu pergunto se ele tivesse uma arma ele hesitaria em usar?

As mortes em decorrência de brigas de trânsito vêm crescendo no Brasil, e a desculpa que foi utilizada pelas moças é que veio um estresse muito grande no momento. Realmente no mundo que vivemos, que mal paramos em casa, não há tempo para fazer as refeições direito, ou de lazer, o estresse só tente a fazer cada vez parte da vida dos brasileiros.

Eu sei, já passei e presenciei muitas situações de estresse no trânsito, é algo tão impressionante, que não sei de onde surge tanta raiva, fúria. Mas é justamente aí que surge as discussões, brigas de rua e em estância maior, a morte. Então fazer uma análise dos valores da sociedade, ver o quanto podemos perder com tolices e ter mais prudência é fundamental.

Valadares apresenta PEC para jornalistas

"O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) já conseguiu coletar 40 assinaturas de apoio à apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista. Para a apresentação da PEC são necessárias 27 assinaturas."

O conteúdo da proposta é que para o exercício da profissão de jornalista será exclusivo para que tiver o diploma de curso superior em Comunicação Social- habilitação Jornalismo, o recurso foi expedido pelo Ministério da Educação, e é importante citar que, a proposta apresenta um parágrafo único que torna facultativa a exigência do diploma para os colaboradores (estes que apresentam mais de 90% da produção do conteúdo da Folha de São Paulo).

Valadares preocupado com a situação de jornalistas e estudantes, vai entrar com um requerimento junto a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que seja relizada audiência pública com jornalistas, estudantes, federações e representantes de associações, OAB, assim ele acredita que possa aperfeiçoar o PEC e chagar a melhor solução para o problema


Esperamos que a proposta seja aprovada, e que possamos respirar um pouco melhor diante da não exigência do diploma.



sexta-feira, 19 de junho de 2009

Defesa do diploma de jornalismo

"17/06/2009 - 19h16 Supremo derruba exigência do diploma para jornalistas PublicidadeMÁRCIO FALCÃOda Folha Online, em Brasília Por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou hoje a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção do diploma. "

Uma luta que bravos lutaram durante mais de 40 anos para que houvesse a classe de jornalista, um piso, melhores qualidade de trabalho, e neste dia 17/06, fomos pegos de surpresa( não sei se essa é palavra) mas no meu caso senti como se tivesse tirado uma parte do meu sonho. Como já fui assaltada, o sentimento é pior, porque eu estou no curso é por amor mesmo, porque eu acredito em futuro melhor.

A decissão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF, aos interesses da elite brasileira e neste caso ao baronato que controla os meios de comunicação do país. Como foi citado pelos Ministros, que a não obrigatoriedade do diploma nao acaba com a liberdade de expressão e de imprensa que estão postos na Constituição Brasileira, tão pouco aos da sociedade.

Deixando claro a dúvida de muitas pessoas: A profissão de jornalista não acabou! o que não é mais obrigatório é o diploma e levando ao pé da letra, não possuímos mais um piso que era existente na categoria, nossa jornada de trabalho fica são os patronatos que irão decidir. O que temos que entender é que agora os donos dos veículos de comunicação( na maioria políticos) é que tem o poder nas mãos de decidir quanto pagar, que profissional escolher( qualificado ou não), quantas horas ele irá trabalhar. Se pensarmos um pouco, eles memos que determinavam o que iria ou não ao ar, eles controlavam a situação. Por exemplo: no jornal X não sai uma linha sobre político Y, no jornal H tem que falar bem do prefeito da cidade. Isso não é jornalismo! o jornalismo trabalha com a informação, com a veracidade dos fatos.

Agora o que nos resta é uma profunda revolta, que move a todos: Jornalistas, estudantes, e todos aqueles que acham que a decisão é um absurdo, vamos nos unir e defender a classe. Agora mais que nunca temos que ter forças e lutar por nossa profissão, pelo nosso sonho. São apenas 8 contra 80 mil jornalistas formados no Brasil!

Desabafo: Meu sonho sempre foi o jornalismo, mas no meio do caminho, trilhei outros rumos, que me levaram a enfermagem e tecnóloga em radiologia, mas eu não me sentia bem, era muito ruim sair de casa só com a obrigação de cursar a faculdade por ter passado. Meus pais acreditavam que a profissão de jornalista não tinha perspectiva de emprego, estabilidade, e por isso me deixei levar. Eu desisti do curso, pois não aguentei muito e joguei tudo para o ar para correr atrás do que eu acredito, defendo e sonho. Estou entrando no 5º período de jornalismo, e desistir do meu sonho é algo impossível de acontecer. Para quem passou por isso, ou ainda nao teve coragem de "chutar o pau da barraca" fica meu recado, e eu nunca estive tão feliz e realizada no que faço.

Aqui eu deixo uma pequena indgnação de um colega de classe, Edberto Ticianeli

"Onde meto meu canudo

Jornalista é cozinheiro
Assim falou o “sabe tudo”
Agora diga aí Dr Gilmar
Onde meto o meu canudo

Estudei pra me formar
Sei escrever, sou jornalista
Tenho diploma pra trabalhar
Ganho salário de motorista
Mas nem isso vai sobrar
Dr. Gilmar já decidiu
Agora escrever é cozinhar
Papel virou bombril
Entrevista é pra lavar
Mas Dr... e a pauta que partiu?

Jornalista é cozinheiro
Assim falou o “sabe tudo”
Agora diga aí Dr Gilmar
Onde meto o meu canudo"


Sou Michelle Farias estudante de jornalismo e defendo minha classe.

Por que fazer um blog?

Vejo o blog como um exercício diário de escrita. Escrever bem, é um dom de poucos e treinar é preciso.
Como estudante de jornalismo encontrei no blog uma maneira de expor minhas idéias e fazer uma troca de informações com colegas. Já que durante o curso, nós escrevemos pouco, é fato, mas aqui encontrei uma maneira de treinar o que venho aprendedo ao longo da minha jornada.