sexta-feira, 19 de junho de 2009

Defesa do diploma de jornalismo

"17/06/2009 - 19h16 Supremo derruba exigência do diploma para jornalistas PublicidadeMÁRCIO FALCÃOda Folha Online, em Brasília Por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou hoje a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção do diploma. "

Uma luta que bravos lutaram durante mais de 40 anos para que houvesse a classe de jornalista, um piso, melhores qualidade de trabalho, e neste dia 17/06, fomos pegos de surpresa( não sei se essa é palavra) mas no meu caso senti como se tivesse tirado uma parte do meu sonho. Como já fui assaltada, o sentimento é pior, porque eu estou no curso é por amor mesmo, porque eu acredito em futuro melhor.

A decissão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF, aos interesses da elite brasileira e neste caso ao baronato que controla os meios de comunicação do país. Como foi citado pelos Ministros, que a não obrigatoriedade do diploma nao acaba com a liberdade de expressão e de imprensa que estão postos na Constituição Brasileira, tão pouco aos da sociedade.

Deixando claro a dúvida de muitas pessoas: A profissão de jornalista não acabou! o que não é mais obrigatório é o diploma e levando ao pé da letra, não possuímos mais um piso que era existente na categoria, nossa jornada de trabalho fica são os patronatos que irão decidir. O que temos que entender é que agora os donos dos veículos de comunicação( na maioria políticos) é que tem o poder nas mãos de decidir quanto pagar, que profissional escolher( qualificado ou não), quantas horas ele irá trabalhar. Se pensarmos um pouco, eles memos que determinavam o que iria ou não ao ar, eles controlavam a situação. Por exemplo: no jornal X não sai uma linha sobre político Y, no jornal H tem que falar bem do prefeito da cidade. Isso não é jornalismo! o jornalismo trabalha com a informação, com a veracidade dos fatos.

Agora o que nos resta é uma profunda revolta, que move a todos: Jornalistas, estudantes, e todos aqueles que acham que a decisão é um absurdo, vamos nos unir e defender a classe. Agora mais que nunca temos que ter forças e lutar por nossa profissão, pelo nosso sonho. São apenas 8 contra 80 mil jornalistas formados no Brasil!

Desabafo: Meu sonho sempre foi o jornalismo, mas no meio do caminho, trilhei outros rumos, que me levaram a enfermagem e tecnóloga em radiologia, mas eu não me sentia bem, era muito ruim sair de casa só com a obrigação de cursar a faculdade por ter passado. Meus pais acreditavam que a profissão de jornalista não tinha perspectiva de emprego, estabilidade, e por isso me deixei levar. Eu desisti do curso, pois não aguentei muito e joguei tudo para o ar para correr atrás do que eu acredito, defendo e sonho. Estou entrando no 5º período de jornalismo, e desistir do meu sonho é algo impossível de acontecer. Para quem passou por isso, ou ainda nao teve coragem de "chutar o pau da barraca" fica meu recado, e eu nunca estive tão feliz e realizada no que faço.

Aqui eu deixo uma pequena indgnação de um colega de classe, Edberto Ticianeli

"Onde meto meu canudo

Jornalista é cozinheiro
Assim falou o “sabe tudo”
Agora diga aí Dr Gilmar
Onde meto o meu canudo

Estudei pra me formar
Sei escrever, sou jornalista
Tenho diploma pra trabalhar
Ganho salário de motorista
Mas nem isso vai sobrar
Dr. Gilmar já decidiu
Agora escrever é cozinhar
Papel virou bombril
Entrevista é pra lavar
Mas Dr... e a pauta que partiu?

Jornalista é cozinheiro
Assim falou o “sabe tudo”
Agora diga aí Dr Gilmar
Onde meto o meu canudo"


Sou Michelle Farias estudante de jornalismo e defendo minha classe.

Um comentário:

  1. Sem comentários, né Michele?!
    E vamos a luta e honrar nossa profissão!
    Beijo meu bem;*

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