Depois de nove edições o Big Brother Brasil 10 resolveu apelar: se não bastasse as novelas globais apresentarem conteúdo de sexo e nudez, principalmente no horário nobre, a produção escolheu a dedo todos os participantes do programa. Divididos entre coloridos, cabeça, sarados, ligados e belos, eles tentam a cada dia protagonizar cenas da vida real.
Choro, gritos, gargalhadas e brigas, tudo isso se misturam na casa de luxo e no “puxadinho”. Heróis. É assim que o jornalista e apresentador Pedro Bial conversa ao vivo com os confinados, os mesmos que durante o programa aproveitam festas, comem bem, quando falam sobre sexo, uma porta abre-se e eles ganham bebidas alcoólicas e ainda disputam pelo prêmio de R$ 1 milhão e meio. Estes são os heróis idolatrados pelo jornalista.
Dourado, Disésar, Morango, Lia e Serginho. Esses nomes tornaram-se tema de assuntos do dia em rodas reais e virtuais. Estes são apenas cinco dos dez participantes do reality show BBB 10. Enquanto isso, cerca de 190 milhões de brasileiros são verdadeiros heróis, que trabalham oito horas por dia, e sustentam sua família com R$510 reais, ou aqueles que tem as calçadas das ruas como lar.
A demanda por informações sobre o “BBB” movimenta a internet de forma significativa e vai além do site oficial, que superou, de acordo com Ibope, 7,9 milhões de visitantes únicos em janeiro. A mobilização em torno do programa chegou ao ponto de um comerciante por meio de seu blog, oferecer R$ 50 mil para quem ajudasse a eliminar o lutador, Marcelo Dourado do programa.
Amem ou odeiem o Big Brother, ele se tornou o mais bem-sucedido exemplo de como a relação do assistente com a TV e a Internet está em transformação. Convergências de mídias, interação e mobilização pela web, antes aceitadas muito debatidas e pouco observadas, são algumas das palavras de ordem dessa virada.
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