segunda-feira, 25 de abril de 2011

“A Semana Santa é o tempo de perdão”, diz arcebispo de Maceió

Neste domingo de Páscoa, a reportagem do Cadaminuto ouviu o arcebispo Dom Antônio Muniz, para explicar aos leitores o verdadeiro sentido da Páscoa. A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
“A Páscoa é a grande festa para os cristãos. É quando celebramos a ressurreição de Cristo. A preparação para comemoração começa em uma quarta-feira de cinzas e só termina quarenta dias depois, que é conhecido como quaresma, em um domingo, que chamado domingo de Páscoa”, afirmou o arcebispo.
A Páscoa não tem nada a ver com ovos de chocolate nem coelhos. Sua origem remota os tempos do Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por oito dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
Páscoa significa passagem e, com sua entrega na cruz, Jesus Cristo perdoou os pecados dos cristãos. “Por isso a Semana Santa é o tempo de perdão. E para servi-lo, precisamos abraçar essa mensagem. É tempo de desamarrar as mágoas ou qualquer sentido contrário a essa ideia”, colocou Dom Antônio.
Ovos
A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportados para o Egito. À figura do coelho, juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida.
Proibição de comer carne
Os católicos afirmam que a Páscoa Judaica passou a ser uma festa cristã quando Jesus a usou para instituir a Santa Ceia. Na Páscoa, os "fiéis" são proibidos de comer carne vermelha na "sexta-feira santa", segundo eles, por dois motivos: meditar na carne de Cristo e o que ela sofreu na cruz; e não comprar carne, permitindo assim que os cristãos menos favorecidos possam comprá-la.
“O jejum de carne durante a quaresma, e mais especificamente o da sexta-feira da paixão, é feito como forma de penitência e em memória dos quarenta dias e noites que Nosso Senhor passou jejuando no deserto. Assim aderimos a uma dieta alimentar. Nos alimentamos de peixes e verduras”, finalizou Dom Antônio.

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